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Novembro Azul: tempo de cuidar da saúde do homem

No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. Esse é o segundo câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Diante da alta incidência da doença, foi criado o novembro azul: um mês de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de próstata. As sociedades médicas e o governo aproveitam a época para lembrar os homens sobre a importância de conhecer, se prevenir e tratar esse tipo de câncer. E você, sabe como anda a sua saúde?

Câncer de Próstata

O câncer de próstata é considerado um câncer de terceira idade porque cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem em pacientes acima dos 65 anos. O tumor atinge a glândula masculina localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga e em frente ao reto. Apesar do número alto de casos desse câncer, é importante destacar que a mortalidade é baixa, um em cada 35 pacientes morre em decorrência dele. Nas fases iniciais, a doença não tem sintomas, mas com o crescimento do tumor, pode ocorrer sangramento, obstrução do jato urinário e dor pélvica.

O diagnóstico desse tipo de câncer é feito com base em uma combinação de exames. O médico pode encontrar indícios através do exame clínico do toque retal e também pelo resultado do exame de sangue chamado “dosagem do antígeno prostático específico”, conhecido também pela sigla em inglês “PSA”. Se esses testes indicarem possibilidade de câncer, é feita uma ultrassonografia pélvica ou biópsia. A médica patologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Kátia Ramos, explica que os exames de rastreamento são indicados para pacientes acima de 55 anos: “as normas da academia de urologia americana dizem que os pacientes 55 e 69 são os que mais se beneficiam do rastreamento. Acima dos 70 anos esse rastreamento não é recomendado, mas é questão de ponto de vista. Em um paciente extremamente saudável e ativo aos 70 anos, com possibilidade de viver até pelo menos os 90, pode ser interessante realizar o rastreamento, enquanto isso não é o mais interessante quando o paciente já convive com outras doenças como doença coronariana e diabetes”

Como a especialista destaca, a frequência dos exames de rotina deve ser determinada pelo médico que acompanha o paciente, por isso é muito importante se consultar rotineiramente com um Urologista. Quem tem parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de próstata possui mais chances de desenvolver a doença e por isso deve fazer o rastreamento ainda mais jovem. O mesmo vale para a população negra, que também é mais sensível à doença e podem apresentar variações mais agressivas do câncer de próstata.

Câncer e outras doenças
A melhor forma de prevenir o câncer de próstata também é receita para uma vida mais saudável e livre de outras doenças crônicas: estudos já comprovaram os benefícios de uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, como minimizadores do risco de câncer. Além de fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

A patologista Kátia Ramos também explica que o ideal é a preocupação com a saúde geral do paciente. Atualmente outras doenças também têm alta incidência entre os homens e podem comprometer a saúde mais do que o diagnóstico do câncer de próstata:
“Esses óbitos acabam ocorrendo em decorrência de doenças como diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso que é importante um cuidado integral da saúde”.

O Diabetes, por exemplo, diminui em 10 anos a sobrevida. O controle de colesterol, com base em histórico familiar, também é lembrado pela vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia.

Apesar do grande volume de informações sobre o câncer de próstata e até mesmo sobre outras doenças que atingem os homens, as orientações principais são simples de serem memorizadas: procurar um médico que irá avaliar qual é a melhor rotina de prevenção para cada paciente e a adoção de um estilo de vida saudável. Esse último ponto pode até dar mais trabalho, mas vale a pena mudar hábitos e evitar doenças.

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