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Saúde, bem estar, alimentação saudável e medicina.

Genética e alimentação: como essa combinação pode melhorar sua qualidade de vida.

“Gabriela come de tudo e não engorda, já Fernanda vive de dieta e tem dificuldade pra emagrecer, Carlos, por sua vez, só lembra de comer na hora das refeições.”
Quem nunca ouviu uma conversa semelhante à essa? As diferenças nas relações de cada um com a comida sempre foram percebidas e lamentadas, mas desde o início da década passada a ciência passou a explicar o que acontece em cada organismo. Com o projeto genoma, de 2001, foi possível sequenciar os cerca de 25 mil genes que o ser humano produz e entender como eles influenciam na nutrição.

Exemplo de substância que tem relação com o metabolismo é a proteína GLUT-4, responsável por transportar a glicose do sangue para dentro da célula muscular e do tecido adiposo. Os especialistas que estudam relação entre genética e nutrição buscam influenciar, a partir da alimentação, os genes na produção de substâncias que podem ajudar na qualidade de vida. A nutrigenética é uma das áreas dessa recente ciência e investiga quais são as necessidades nutricionais com base no código genético de cada um. Até mesmo o risco de desenvolver doenças é levado em consideração.

Um exemplo clássico de relação entre alimentação e dieta é a intolerância à lactose, provocada por mutações no gene da lactase, uma enzima de secreção intestinal que catalisa a hidrólise da lactose em glicose e galactose. Quem possui esse perfil não é capaz de digerir leite e seus derivados. Nesse caso, o indicado ao paciente é uma dieta com restrição de leite, que vai evitar diarreias e desconfortos intestinais.

Conhecer o perfil genético de cada pessoa possibilita uma abordagem específica para controle de peso e de doenças, promovendo uma melhor qualidade de vida. O profissional (nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista) investiga o tipo genético em entrevista sobre estilo de vida (dificuldade para emagrecimento, reação à determinados alimentos, histórico familiar), exames físicos e também exames laboratoriais feitos com a saliva. Os exames podem mapear, por exemplo, genes associados à obesidade, risco de desenvolvimento de doenças como diabetes, metabolismo de vitamina D, outras vitaminas e de cafeína e intolerância à lactose.

Com todas essas informações em mãos, o especialista pode montar um plano alimentar específico para o paciente. Se você tem dificuldades para alcançar o resultado com dietas convencionais, a genética pode ser uma aliada na busca por uma alimentação mais eficaz e melhor qualidade de vida. Como o tema é complexo, o acompanhamento médico especializado torna-se essencial.

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