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Como prevenir o câncer de colo do útero

O câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Esse tipo de tumor é desenvolvido a partir de alterações no órgão chamadas de lesões precursoras. Se essas lesões não forem tratadas, podem após o passar dos anos, se transformar em câncer.

A boa notícia é que os riscos de desenvolver esse tipo de câncer podem ser minimizados e, quando detectado no início, há um alto índice de chances de cura. Quer saber mais? Vamos explicar tudo neste artigo.

O que é o câncer de colo do útero?

O câncer de colo do útero é causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano), um vírus sexualmente transmissível. A ginecologista Karina Tafner, do ambulatório de Reprodução Assistida da Santa Casa de São Paulo, destaca que cerca de 80% da população mundial será acometida por pelo menos um dos tipos de HPV ao longo da vida. No Brasil, acredita-se que haja de 9 a 10 milhões de infectados por esse vírus e que, a cada ano, 700 mil novos casos ocorram. Os dados citados pela especialista também são do INCA.

Apesar da infecção por HPV ser frequente, a evolução para o tumor maligno acontece em uma minoria dos casos. “A realização de exames preventivos, como o Papanicolau, aumenta as chances de um diagnóstico precoce e de cura. A colposcopia e a biópsia são exames que também podem ser realizados para o diagnóstico”, explica a ginecologista Karina Tafner.

Tão importante quanto o diagnóstico precoce através do exame de rotina, é a prevenção. É possível diminuir o risco de contágio HPV utilizando camisinha nas relações sexuais. No entanto, a transmissão pode ocorrer em outras situações além da penetração. Há risco de contágio apenas com o contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Outra alternativa eficaz na prevenção é a vacina contra HPV. A imunização garante a proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus, que estão entre os que causam verrugas genitais e são os responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Essa vacina é oferecida pelo Ministério da Saúde gratuitamente para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 14 anos.

Se o diagnóstico de câncer for confirmado, há vários tipos de tratamento. Porém, a escolha de qual será utilizado vai depender do estágio da doença e da avaliação médica. Entre os tratamentos, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.

Sempre alerta

O Instituto Nacional de Câncer destaca que a vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem 25 anos, devem fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos do HPV. Portanto, os cuidados ideais contra o câncer de colo de útero passam por uma rotina disciplinada: ainda na pré adolescência é preciso ter a carteira de vacinação em dia com a imunização contra o HPV, usar camisinha nas relações sexuais e fazer o Papanicolau regularmente após os 25 anos. Nenhuma dessas etapas é suficiente para sozinha inviabilizar a transmissão do vírus e o desenvolvimento do câncer, mas associadas elas protegem as mulheres desse tipo de doença.

Um estudo recente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia mostrou que, entre as mulheres brasileiras, as visitas ao ginecologista acontecem em média a cada 4 anos. O intervalo está longe do ideal que é uma consulta por ano. Esse intervalo tão grande prejudica o diagnóstico do câncer de útero no estágio inicial.  O mesmo levantamento constatou que 60% das brasileiras vão ao ginecologista pela primeira vez aos 20 anos de idade. O ideal é procurar o especialista logo na primeira menstruação. Com informação vamos mudar essa realidade!

Entrevistada:

Dra. Karina Tafner, Ginecologista e Obstetra; Médica Assistente do ambulatório de Reprodução Assistida da Santa Casa (FCMSCSP); Especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa; Especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO

Fontes:

Instituto Nacional de Câncer: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero

Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/990-cancer-do-colo-de-utero

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia:https://www.febrasgo.org.br/pt/

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